segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Eu não consigo parar de te olhar

Justo quando todas as formas humanas me pareciam ter saído em série de alguma fábrica ou montadora;
Umas poucas almas, de espírito livre e coração inteiramente mole me compraziam nos livros;
Lembranças de um passado que, na qualidade de passado, fazia-se presente na cabeça e no coração a machucá-los;
Imagens da desilusão eram uma constante, como se tudo que estivesse reservado  pra mim fosse apenas dor;
As árvores eram sempre fúnebres e de folhas que, independente da estação, tinham só um aspecto outonal;
Nas cinzas que eram a minha vida nasceu o lírio que é a sua presença, daqueles que rei algum, nem Salomão, se vestem igual;
Assim fácil, de uma letalidade amoral, você conseguiu me fazer ver tudo diferente;

Começou como se passado fosse, como se tivéssemos compartilhado uma vida inteira;
Raramente me vi assim, tão bobamente feliz;
Amanheço todos os dias iluminado por uma voz angelical que me tira do cárcere do quarto de qualquer dúvida que o ciúme possa fazer surgir;
Vivo cada segundo na expectativa de viver as poucas horas, que se tornam minutos, do seu lado;
Ontem era menino, hoje sou homem feito e formado na escola mais pura do sentimento mais nobre, porque tenha ao lado você... Juliana Cravo!